Objectos nº7 — © Frederico Mira George — Lomoprint photo

«Humilhados e Ofendidos» F. Dostoïewsky

Li este livro 1984. E foi ele que me levou a estudar o marxismo. Sou Comunista Internacionalista, graças a Theodor (Fedor) Mikhaïlowitch Dostoïewsky, pela influência deste romance. Só mais tarde, através de um outro autor russo, Anton Tchecov, aprenderia a possibilidade de ser livre.  Ninguém tem o direito de humilhar e ofender outro e só a Liberdade permite isso.


São três molas de madeira.

Guardo-as como recordação da «Casa da Praia das Maçãs» (Av. do Atlântico)

Objectos nº6 © Frederico Mira George — Lomoprint photo

Lupa de leitura, 1900

«As mãos tremem, os olhos não vêem; se me ponho em frente de um papel em branco, sinto muita vontade de ter essa experiência e ao mesmo tempo muito medo.» Artur Cruzeiro Seixas

Objecto Emily. CT

Relógio Vacheron & Constantin,  ouro, bracelete em ouro tricotado- pertenceu a C.M.S.

Oferenda, V.

Objectos n° 4 — © Frederico Mira George — Lomoprint

© Frederico Mira George

Lomopaperint photos 
Budha Shakymuni em cerâmica e ouro, tradição Zen, origem Kioto, Japão

Oferenda de V.

Flores que recolho no caminho Café-Casa


Dragão Tibetano protector do Dhama em bronze e prata, origem Nepal.

Oferenda de M. C.


Jarra de altar em cobre

Oferenda M. C.

Objectos nº3

© Frederico Mira George
Os meus óculos de «ver ao longe»

Comprados na loja Havanesa Eborense, em Évora, 2011. Em relação ao quotidiano não há nada que receie mais do que ficar sem óculos. Os que uso para ler também.  Enquanto puder ter acesso a óculos alguma coisa estarei a fazer.

Toalha de Linho

Foi bordada pela minha trisavó M. J., uso-a para apoiar o braço quando desenho ou escrevo durante muito tempo.

Máquina de escrever «Messa 6000»

Pertencia ao Rádio Clube de Moçambique, Emissora Lourenço Marques. Foi-me oferendada por um paciente, o F. B. Uso-a para escrever coisas longas, curiosamente, tenho-a usado para escrever os meus podcasts. Está sempre ao pé de mim na sala. Quarenta anos depois está «Messa» volta ao serviço da Telefonia. Tenho uma outra máquina de escrever, portátil. Oferenda da minha prima A. Essa uso-a para escrever textos rápidos, para a transportar, poemas…ainda aqui apareçerá. Ainda tenho uma outra, uma Rover, que está em Évora. Nessa escrevi tanto. E a primeira que tive, herança do meu avô, teve tanto uso que literalmente se desfez em peças. Foi no tempo de escrever para os jornais. 

Os meus objectos são o espelho da minha vida

Villa de Collares

3 de Julho de 16 — Domingo
A partir de hoje, e com a regularidade que me for possível, irei partilhar os objectos que espelham a minha existência. Serão revelados sem nenhuma ordem especial, alguns são muito antigos, outros têm semanas. Alguns são herança de antepassados que não conheci, outros oferendas das pessoas que mais amo, outros ainda foram comparados ou achados por mim. Alguns são objectos de real valor de mercado, outros só tem o valor da alma. 

Estes objectos são o que eu sou. Eu não sou um estes objectos. 

Frederico Mira George
Todas as imagens são fotografadas no sistema Lomografico sem janela de foco a preto e branco.

Budha Shakyamuni, Dordogne, 2000

(Os olhos desta estátua do Rei dos Shakyas foram abertos por Kunzang Ama-la que também a consagrou, encheu de materiais preciosos da Terra do Dharma, orações, plantas medicinais e ouro e por fim a consagrou à prática do Ritual de Sahkuamuni de Lama Mipam. Ama-la (Grande mãe) foi uma das mais eminentes Lamas do século XX, médica, foi casada com Sua Santidade Kangyour Rinpoché e mãe de três preciosos mestres budistas da actualidade, entre eles, Tulku Pema Wangyal Rinpoché, meu Lama de Raiz.)


Caixa de Medicamentos em Prata pertencente a uma tia avó.

Conteúdo além comprimidos: uma estrela, uma foice, um martelo em prata. Eram da minha mãe.

Caisse du Plaisir

Levei esta caixa para Paris com material de desenho.

A placa foi mandada gravar em Lisboa como marca do sonho e profunda felicidade desse Agosto, naquela cidade.